sábado, 16 de abril de 2016

SÊ FORTE, MOCIDADE



Autora: Eliúde Marques
Do livro Primícias do meu Jardim

Personagens: 7 moças. A Última traz a Bandeira Nacional.

Narradora entra só e fala:
Vem mocidade, olha os campos de batalha em que desolação está. Os esquadrões do inimigo enfurecidos sustêm a guerra contra a paz, pleiteiam contra o povo de Deus, derrubam a fé de muitos fracos, empunham suas lanças contra a Palavra do Senhor.
Que vamos fazer? Que vamos buscar? Com quem vamos lutar? Vem, mocidade, tu que és o jardim do Senhor, "olhai os lírios dos campos", quanta simplicidade há em suas pétalas. Vê que seu perfume é suave e agrada ao Jardineiro. Somos do Senhor as flores de esperança, pois a flor da esperança desabrocha no jardim da juventude. Também somos soldados e precisamos lutar, buscando reforço no Quartel General e confiantes no Comandante que vai na nossa frente, sigamos para a luta.
Canta a primeira estrofe do hino 515 da Harpa Cristã Antiga e depois fala:
- Quem irá Comigo, quem irá? As novas do Evangelho aos perdidos levar?
As moças restantes cantam ocultamente o coro do hino 515 enquanto a 1ª sobe.

1ª fala (dirigindo-se à Narradora):
Eu irei contigo as almas saciar. O mar da vida é revoltoso, as ondas crescem mais, porém o Senhor é forte e tu não temerás.

NARRADORA: Temer? Nunca temeremos! Com o General das tropas lutaremos.

1ª FALA AINDA:
- Vejamos que o relógio dos céus não tarda em marcar a hora derradeira quando todas as tribos, línguas, povos e nações serão um só povo e um só Senhor reinará e julgará a terra.
Sigamos para o alto. Que importa a peleja frente aos campos de batalha, se temos a certeza de vencer! Eu irei contigo as muitas almas ganhar. Seja na serra ou no bosque, seja na terra ou no mar.

NARRADORA: Comigo, quem enfrentará tamanha luta. Ah, Senhor, não vejo com quem batalhar. As cobiças e a vaidade afastam do teu seio a mocidade.
(ainda ocultamente vozes cantam a 1ª estrofe e o coro do hino Avante, Mocidade - n° 544 do Cantor Cristão)

2ª) SOBE , ENQUANTO CANTAM, E FALA:
Eu sou soldado voluntário e sei que para lutar por Cristo, devemos contemplar mais de perto o calvário, pois, uma só palavra de arrependimento não saiu de sua boca ao contemplar a cruz. Contigo, eu irei, não olharei para trás. Seremos bem unidos: eu, tu e outros mais dispostos, que firmes ficaremos em nossos postos. Serei feliz em te ajudar em tão nobre missão, levando aos pecadores esta paz da salvação.

NARRADORA: Ainda vejo na alvorada de tão tristonha manhã, que sob o céu sem fim ficarei em afã. Somos tão poucas!...
1ª) Porém Cristo há de por mensagem em nossas bocas!
3ª) Sigamos irmãs minhas, o nosso alvo um dia alcançaremos.
Que importa se não nos quiserem escutar. Sigamos de porta em porta a levar a semente bendita do Evangelho à criança, ao enfermo, ao moço e ao velho. Tempestades veementes, desejos incontidos, olhos chamejantes seduzem o mundo e aqui é como se fosse um ninho doce de paz e de abrigo. Vamos mocidade, vençamos o inimigo!
O céu é tão brilhante no seu límpido azul,
levemos a mensagem do Norte até ao Sul.

4ª) ENTRA EM CENA E FALA:
Por Cristo pelejarei, amiga irmã, embora sendo pouco o meu talento não o esconderei, mas o multiplicarei para quando o meu Senhor voltar, entregar-lhe feliz mil almas redimidas. Serei mais uma que se prontifica a te ajudar. Aceita-me no teu batalhão, pois, buscarei as armas, o capacete e o pendão. Calçarei os meus pés com o Evangelho da paz, enfrentaremos a luta e venceremos os demais que em nossa frente chegar.
Com coragem, ó moço, iremos batalhar;
Com vigor e esforço nós vamos triunfar.

NARRADORA:
Tua coragem enche de tanta fé a nossa alma!... esperemos um pouco mais, porque, por certo as outras virão.

5ª) ENTRA E FALA:
Como é lindo este dia, a mocidade em festa. Para onde iremos nós? Vamos ficar aqui? Não, a festa é tão brilhante, a nossa alma canta, mas lá, muito além a tristeza, a dor, e o pranto se levantam e a nossa missão é pregar o Evangelho nos campos a lutar, embora mui cansados os montes a subir, a nossa recompensa será no bom porvir.
Nas montanhas escarpadas, no bosque multicor,
no horizonte da serra, nos ares e na terra,
levemos a mensagem de vida e de amor.
Almas sedentas precisam de Jesus,
a vida lhes declina, os olhos não têm luz
e é nosso dever levar a salvação
da Trindade divina o amor e o perdão!

INTRODUTORA: Estou mais confiante agora porque já vejo que o Senhor ouviu a minha petição. Será que existe mais alguém encorajado?
Ocultamente um grupo canta o hino 224 da Harpa Cristã Antiga (a primeira estrofe e o coro) enquanto a 7ª moça entra em cena envolvida na Bandeira Nacional, ficando entre as seis. Canta-se o Hino Nacional. Logo após fala a

7ª MOÇA:
Eu vim das multidões cansadas e arfantes
que caminham na vida sem paz e salvação,
eu vim lá das montanhas, dos desertos errantes
que clamam tão sedentos por amor e perdão.
Eu vi no mundo atroz a fome e a indolência
de povos martirizados sem paz e sem clemência.
Queres me escutar, ó cara mocidade,
o mundo jaz em trevas, em ilusão e maldade,
e aqui, ó que bonança, que singular bondade!
Peço-te que a estes que estão perdidos em afãs
leves a mensagem boa ao reflorir das manhãs
e não desprezes jamais ó linda mocidade,
as primícias do bem, do amor e da verdade.
Não deixem, caros jovens, a vida na seara,
essa vida sublime que ao mundo não se compara.
Levem encorajados a plena salvação
que fará de mil almas um céu de gratidão.
Olhemos que os rincões de nossa pátria amada,
os vales, os sertões, um povo sofredor,
precisam de nossa ajuda. A cruz ensanguentada
jamais pode ficar sem fruto e sem valor,
e é pela mocidade forte e varonil
que Cristo há de salvar o povo do Brasil!
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