segunda-feira, 30 de maio de 2016

TERAPIA DA REFLEXÃO

Autor: Thiago Dantas  
Primeira Igreja Batista de São João de Meriti/RJ Da Revista do Promotor da Campanha de Missões Mundiais de 2009 da JMM

Introdução: A peça tem uma proposta bem simples, porém, há toda liberdade para abusar da criatividade nos elementos cênicos.
 
Objetos cênicos: um pedestal com microfone e cinco cadeiras.
Perfis:

Coordenador – Agradável e sereno, não tem um comportamento de apresentador artificial. Deve ser alguém comum, próximo do público.
Mulher 1 – Visivelmente atormentada, porém, seu figurino é super bem arrumado, seus cabelos bem penteados. Olha para os lados várias vezes com desconfiança, sorri em momentos inoportunos, por vezes acelera sua fala.
Mulher 2 – Alegre, mas sofrida. Seu figurino pode ser composto por uma bata indiana, de preferência.
Menino – Jeito e figurino simples. Descalço, tímido, porém simpático.
Homem 1 – Figurino social - sem paletó mas com gravata. Pode ter fala e trejeitos persuasivos e expansivos.
Homem 2 – Na primeira parte artificialmente, como um apresentador sensacionalista, fala bem devagar cada detalhe. Figurino neutro – roupas cinzas ou claras. Num outro momento fica irritado e inquieto, fala gírias, faz gestos expansivos.
 
Roteiro
Entram todos. Os atores trazem suas cadeiras e as ajeitam num semicírculo aberto, de frente ao público. Por último, e logo atrás, entra o coordenador, sem cadeira, e se dirige ao microfone. Todos, com exceção de quem estiver falando, ficam sentados, ouvindo o depoimento da vez, inclusive o coordenador toma o lugar de quem se levantar.

Coordenador: Olá. Boa noite a todos. Estamos aqui para mais uma terapia de grupo. Todos temos problemas e estamos aqui para nos ajudar.
Para isso, eu não vou me estender, nem quero mostrar mais uma peça impactante, que talvez faça chorar e que é jogada no lixo da mente amanhã. Se nós esquecemos até da mensagem bela que tocou nossos corações domingo passado, ainda mais, façamos aquilo que é coisa básica – amar ao próximo como a nós mesmos. Eu disse “façamos”, porque é diferente o falar do agir.
Digo agir como ato consequente de uma reflexão. É isso que faremos aqui hoje, refletiremos juntos. Algumas pessoas foram convidadas para apresentarem suas experiências com a prática cristã. Elas abrirão suas vidas. Escutem. Se vejam nelas. Mas, diferentemente de outras terapias, tudo o que for falado aqui é para ser dito depois. Por favor, sejam educados, cumprimentem cada um quando se apresentarem. Vamos ouvir a primeira pessoa.
 
Vem ao microfone a Mulher 1, enquanto o Coordenador toma seu lugar.
 
Mulher 1: Meu nome é Elizete.
 
Todos: Olá Elizete (isso se repetirá com cada ator. Todos os atores ouvintes responderão, assim como a congregação. O público pode ser lembrado pelo Coordenador, através de algum gesto, a responder)!
 
Mulher 1: Dentro de mim existe uma chama que arde cada vez que eu fico parada. Cada vez que ignoro Jesus Cristo com o meu modo de agir e viver no mundo, me sinto longe dEle. Aí preciso louvar, louvar e louvar como uma alienada para me fazer esquecer aquilo que dói. E toda vez que ouço o que um semelhante a mim sofre em certos países por simplesmente tocar no nome do Messias, choro. E choro muito para tentar mostrar alguma coisa a alguém, já que nem olho nos olhos do menino que pede dinheiro ali no sinal, explorado por alguém que pode até chamar de mãe. Eu sou uma crente fervorosa, como podem ver. Não posso deixar faltar “aleluias”, senão o silêncio se faz presente e eu vou precisar pensar: Não posso parar, não posso parar...
 
Ela começa a correr descontroladamente, como numa esteira ergométrica, parada no mesmo lugar.
O coordenador se aproxima dela, dá um abraço e a ajuda a se sentar.
Logo depois, com uma indicação do coordenador, o menino se levanta e vem ao microfone.
 
Menino: Eu me chamo Kabir (respondem).
Tenho 12 anos e vou me batizar hoje. Até esse ano nunca tinha ouvido falar de Jesus, do Seu amor e de tudo que Ele dá... De graça! Nunca pensei que se preocupassem tanto comigo. Meu pai nunca teve muito tempo pra mim, mas quando ele soube que eu queria me batizar... Aqui na nossa tribo, isso é uma ofensa, mas é que eles não conhecem esse amor, ainda. O pastor Sebastião, com muita bondade, me falou sobre a história de Cristo; me interessei e nunca mais faltei a uma reunião. Aí aceitei a Jesus. Meu sonho era me batizar, mas meu pai me proibiu. O pastor falou que mesmo meu pai, não conhecendo, ainda, sobre Nosso Senhor, ele é meu pai. Teríamos que esperar, orando e sofrendo diariamente até meu pai permitir. Ontem ele olhou pra mim e de repente disse: “Se for o que você quer, entre pra aquela religião”. Ele não sabe como me fez feliz!
 
Senta. Vem o Homem 1.
 
Homem 1: Meu nome é João Carlos (respondem). Eu fiz a minha boa ação de hoje. Um homem estava no meu caminho para ir à igreja. Ele me pediu dinheiro. Eu tinha certeza que era para beber. Não dei. Ele disse que não tinha emprego, não havia completado os estudos e que sua família era do interior do Nordeste. Falei que ia orar por ele, que colocaria até seu nome no livro de oração. Ele se ajoelhou e pediu um pão. Lembrei que lá em casa tinha pão e que na Bíblia tinha algum versículo que dizia
para não negar o pão. O que eu fiz? Levei-o até minha casa, deixei-o entrar e sentar na minha mesa! Comeu como um porco. Eu percebi que eu estava precisando disso: fazer o bem. Fiquei muito feliz.
 
Senta. Vem o Homem 2.
 
Homem 2: Sou Isaías (respondem). Eu nasci num lugar diferente. Pessoas estão longe de serem pessoas. Elas trabalham como máquinas. Alimentam-se, beijam-se, fazem sexo, matam como máquinas. Elas se vendem e se compram como máquinas. Falam, cantam, ouvem e nem se olham, como as máquinas fazem. As máquinas só pensam em si. Ou melhor, não pensam, não pensam, não pensam, não pensam...
Repete como um disco arranhado e para abruptamente. Suspira, afrouxa a gola e pergunta:
 
Homem 2: Acabou? Posso ir? Que texto maluco! Ainda bem que não sou crente que nem vocês, se prendendo a essa ladainha. Eu sou uma pessoa livre. Pra vocês verem, ontem, por exemplo, comprei uma roupa maneiríssima e caríssima; dei o calote no meu pai, peguei escondido o carro e peguei todas na Festa do Bacanão. Meu estoque de camisinha foi pro espaço. Sou livre ou não sou?
 
Sai de cena afrontando os atores da peça e o público. Os atores olham para o coordenador como se não soubessem o que fazer. Ele faz gesto tranquilo para que continuem.
 
Vem a Mulher 2.
 
Mulher 2: Sou Guilhermina (respondem). Aqui, onde estou, não está nada fácil. Desde que chegamos, impediram a entrada na alfândega das Bíblias que trouxemos. As autoridades ficaram horas perguntando quem éramos, de onde vínhamos... Com um sotaque bem difícil. Graças a Deus, ao chegar um superior e saber que éramos médicos brasileiros, nos liberaram. Fazemos as reuniões com a ajuda da comunidade local às escondidas. Se souberem que você é cristão, te discriminam. É difícil até comprar nos mercados perto de onde estamos, pois nos enxotam como cães. Se descobrirem que você está anunciando o Evangelho, ameaçam de morte. E é o que estamos vivendo. Dizem que vão queimar nossa casa se continuarmos falando de Jesus aos nossos pacientes. Mas os avanços têm sido grandes; nesses dias, três pessoas de uma mesma família se converteram, e todos estão tão entusiasmados...
Por favor, pelo amor de Deus, orem por nós.
 
Senta. Vem o Coordenador.
 
Coordenador: E se faltasse o pastor Sebastião mostrando a bondade e o amor de Cristo na prática? E se todos forem crentes fervorosos, mas ficarem sentados num banco de uma igreja? E se não tivesse quem orasse pelos missionários? E se não tivesse gente que amasse as pessoas, os povos e as nações como Jesus amava? E se num pretexto de boa ação ao outro, só quiséssemos nos sentir bem, egoisticamente? Mantendo o pobre como pobre, o oprimido como oprimido... Todos somos máquinas? Livres? Humanos? Alguém aqui se habilita a se ocupar com o outro? O outro que vive com culpa, triste, distante da graça de Deus. Aquele que pode estar do outro lado do mundo, mas que também é um próximo. Alguém se habilita a amar essa gente? E amar aqueles que fazem lá longe o que não podemos fazer? Alguém se habilita a ter a missão de libertar as nações no nome de Jesus? Você pode levar as ferramentas que tem: o preparo no futebol, o estudo em pedagogia, ou em qualquer profissão da saúde, medicina, odontologia, a experiência com teatro, os anos de estudo no seminário... Use a criatividade. Alguém se habilita a ter a missão de sustentar, de orar, de doar um pouco do que ganha, de chorar com essa gente? Alguém, alô?
 
Cada ator que estava sentado começa a se levantar, enquanto o Coordenador continua olhando o público insistentemente, sem nada dizer.
 
A ordem para se levantarem é: Menino, Homem 1, Mulher 1, Mulher 2. Eles também fitam o público por alguns poucos segundos.
 
Todos saem de cabeças baixas em fila – o Coordenador por último.
 
DEPOIS DA APRESENTAÇÃO 
O pastor convida a igreja para um período de oração silenciosa; brandamente, leva a igreja a refletir sobre o que foi apresentado. Ele deve destacar os desafios da evangelização mundial: a idolatria na Índia, o secularismo na Europa, o materialismo na China, a feitiçaria na África... Ele deve desafiar a igreja para um momento de decisão e participação, de modo que cada um possa dizer: “Usa-me, Senhor”.
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REFERÊNCIA:

REACHERS, Sammins; PIRES, Vilma Aparecida de Oliveira. Teatro Missionário: Peças teatrais e jograis sobre Missões e Evangelização para Igrejas evangélicas. Versão Gratuita em PDF, 2013.
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VEJA TAMBÉM 

DESPERTA TU QUE DORME

Autora: Vilma Aparecida de Oliveira Pires

PERSONAGENS:ANA
DIRIGENTE OU PASTOR
MISSIONÁRIO
GRUPO DE PESSOAS I
GRUPO DE PESSOAS II
JESUS
NARRADOR
 
CENA I
 
Cenário Igreja (CULTO)

O dirigente vai à frente e se dirige à congregação:
 
Dirigente: - Nós estamos muito felizes em receber aqui, nesta noite, o missionário Jair, que atua como missionário na China. Vou pedir a ele que venha à frente e nos conte um pouco sobre o seu trabalho no campo missionário.
 
Missionário sobe ao púlpito, dá boa noite e começa a falar sobre o seu trabalho. Enquanto isso a personagem Ana, que estará sentada à frente, estará atenta e inquieta durante a fala do missionário.
 
Missionário: - Boa noite igreja! Estou feliz por poder compartilhar com os irmãos um pouco do que Deus tem feito na cidade de Xangai, onde estamos trabalhando, eu e minha esposa Lia. Na China há dois tipos de igrejas: uma é a igreja oficial. Seus pastores são membros do governo comunista; só nestas igrejas podem-se vender Bíblias. Mesmo assim, a venda é limitada a, no máximo, cinco exemplares por pessoa. Além disso, seus pastores não podem falar sobre o sacrifício vicário de Jesus. A outra é a igreja doméstica, chamada também de igreja subterrânea ou clandestina, que não tem a autorização para se reunir. Todo evento, até mesmo uma festa de casamento, não pode ter mais de 20 pessoas reunidas. Para reunir além dessa quantidade, é preciso fazer um registro no escritório do governo. Então, as igrejas domésticas evitam ultrapassar o número de 20 pessoas para não chamar a atenção. Em cidades pequenas, como não há igreja registrada, ninguém tem acesso à Bíblia. Algumas igrejas só possuem três Bíblias.

Então, eles pegam essas Bíblias e distribuem suas páginas entre os irmãos. Às vezes, o pastor escreve os versículos no quadro e os irmãos vão anotando. Mas muitos não sabem escrever. Então eles pedem ao líder para ler os versículos várias vezes a fim de memorizá-los. (O missionário estará no púlpito, então se tiver dificuldade em memorizar tudo, pode-se deixar o texto onde ele possa dar uma olhada)
 
Se a igreja possuir datashow, pode-se colocar um vídeo sobre o país
 
Nosso trabalho é árduo, mas Deus tem nos dado a alegria de ver frutos. Alguém me perguntou como eu, um médico que poderia estar com um consultório montado aqui no Brasil, junto com minha família, fui servir a Cristo num país onde não existe liberdade religiosa, e onde existe tanto pobreza material quanto espiritual. Eu disse que quando Deus chama, não adianta fugirmos como Jonas, porque nosso coração nunca terá paz se não estivermos no centro da vontade de Deus.
 
Ana se contorce no banco inquieta, enquanto o missionário continua:
 
Missionário: Precisamos avançar na obra missionária. Existem milhões de pessoas que morrem todos os dias sem conhecer Jesus! Eu quero pedir a essa jovem aqui à frente...
 
Ana olha para os lados e aponta o dedo para si:
 
Ana: - Eu?!
 
O missionário continua:
 
Missionário: - Sim, você mesmo! Leia por favor, o texto de Ezequiel 22.30
 
Ana: - Ezequiel capítulo 22, versículo 30: "Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei".
 
Missionário: - Deus está procurando aqueles que desejam se colocar na brecha. Eu quero lançar um desafio a você que está ouvindo Deus te chamar para servir num dos países da janela 10/40, para que venha aqui à frente dizendo Sim, eu quero ser aquele que vai se colocar na brecha. Eu quero ser enviado para ganhar almas para Jesus.
 
Música suave

Ana se levanta e vai à frente. O Pastor faz uma oração agradecendo a Deus, e logo depois Ana e o missionário voltam a sentar. O dirigente ou pastor encerra o culto. Saem os personagens.
 
Fecham-se as cortinas – O cenário muda para gabinete pastoral.
 
Cenário básico com mesinha, 2 cadeiras, alguns livros, telefone...
 
CENA II 
Ana entra e encontra o pastor lendo a Bíblia
 
Ana: - Bom dia pastor! O senhor quer falar comigo?
 
Pastor: - Bom dia Ana! Sente-se. Sim, eu gostaria que falássemos do seu chamado missionário. E aí, agora que terminou a faculdade você já pensou para onde deseja ir como missionária?
 
Ana se remexe na cadeira constrangida e diz:
 
Ana: - Sabe pastor, eu andei pensando sobre o assunto e... (pausa) Não sei se estou bem certa em ir para o campo missionário. Agora que me formei quero montar meu consultório... (pausa). E eu e o André temos pensado em ficarmos noivos...
 
Pastor meio decepcionado diz:
 
Pastor: - Mas eu pensei... (pausa) Você parecia tão decidida quando o missionário Jair esteve aqui...
 
Ana: - É, eu quero ir mas não agora, pastor.
 
Pastor: - Mas Ana... (pausa) tudo bem! A decisão é sua. Bom, era só isso que eu queria falar com você, Ana.
 
Ana se levanta e se despede do pastor
 
Ana: - Então até mais pastor.
 
Enquanto Ana vai saindo o Narrador diz: “ A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca, e lha anunciarás da minha parte. Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para dissuadir ao ímpio do seu caminho, morrerá esse
ímpio na sua iniquidade, porém o seu sangue eu o requererei da tua mão.” Ezequiel 33:7-8
 
FECHAM-SE AS CORTINAS 
CENA III
 
Música suave enquanto o cenário é trocado para uma sala de estar
 
Ana entra com roupa de médico e se joga no sofá, cansada.
 
Ana começa a dormir.
 
Música com acordes trágicos e ambiente com pouca luz, enquanto o grupo de vestes pretas entra em cena (semblantes tristes e maquiagem escura – Estilo gótico). Eles vão entrando aos poucos como se tivessem vendas nos olhos, e fazendo gestos de desespero. Andam sem rumo pelo palco (Os personagens podem também interagir com as pessoas que estão assistindo, pedindo ajuda)
 
Entra o grupo II com vestes brancas. Eles sentam-se no centro do palco e começam a entoar uma música, sem se importar com o grupo de roupas pretas que pede a ajuda deles (Esse momento precisa ser bem dramático, simbolizando a igreja inerte e as almas que precisam ser salvas)
 
Depois de alguns minutos o personagem Jesus - que estará oculto - dirá com voz grave:
 
Jesus: - Ana! O que é que você tem feito? A voz do sangue de milhões que ainda não me conhecem chega até a mim... Eu te chamei para ser aquela que irá se colocar na brecha! Desperta Ana! Cumpra o seu chamado!
 
Ana acorda assustada e se ajoelha no chão chorando e diz:
 
Ana: - Perdão Senhor! Eu quero ir aonde Tu me mandares ir!
 
Encerrando, o promotor de Missões ou o pastor da igreja faz um breve apelo para que a Igreja desperte para a necessidade de cumprir o IDE de Jesus.

REFERÊNCIA:

REACHERS, Sammins; PIRES, Vilma Aparecida de Oliveira. Teatro Missionário: Peças teatrais e jograis sobre Missões e Evangelização para Igrejas evangélicas. Versão Gratuita em PDF, 2013.
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VEJA TAMBÉM 


A URGÊNCIA DE MISSÕES

Autora: Nilcéia Ferreira Barreto (professora e membro da Igreja Batista Nova Jerusalém, Rio de Janeiro, RJ)
Extraído do encarte da Revista de Missões da JMM
 
PERSONAGENS
Augusto - Moço decidido a Missões;
Elvira - Noiva dele, não decidida;
Correspondente da Agência Missionária
Abdul - Jovem do Senegal
Estrela - Jovem da Índia
Floreal - Moça Angolana
Repórter
Grupo de indianos e Missionária
Grupo de Nações
Grupo de pessoas não identificadas

A congregação canta um hino missionário, e ao término, senta-se. Augusto vai à frente, ajoelha-se. Elvira, sua noiva, chega perto dele, como que o censurando
 
ELVIRA - Augusto o que é isso? Venha para o seu lugar no banco! Estão todos olhando pra você!
 
AUGUSTO - Elvira! Elvira! É minha decisão! É um momento muito importante para mim! Você não sabe da minha vontade de ser missionário? Eu acabo de me decidir. Não é maravilhoso?!
 
ELVIRA - Maravilhoso por quê? Você já e um missionário de nascença! Vive na igreja 24 horas por dia! É diretor de Evangelismo, promove concentrações, é campeão na distribuição de folhetos e ainda por cima canta no coro da igreja!
 
AUGUSTO - Não Elvira! Não é a mesma coisa! Lá no campo de missões, eu vou viver integralmente para falar de Jesus, sem me preocupar com casa, trabalho, coisas do cotidiano...
 
ELVIRA - ...Com a noiva! Estamos de casamento marcado, Augusto, e eu não estou disposta a ir com você. Não acho que um campo missionário é onde eu devo começar minha vidinha de casada! (como que tendo uma ideia) Olhe, vamos fazer uma coisa? Deixe pra mais tarde. Quem sabe eu me acostume com a ideia e acabe indo também?
 
AUGUSTO - ???... Mais tarde? Mas eu já esperei tanto!
 
ELVIRA - Então... Espere mais um pouco! Venha se sentar perto de mim, no banco. O correspondente da Agência Missionária já está no púlpito pra começar a palestra.
 
Ele reluta. Ela insiste, puxa-o e ele concorda. Desce na frente. O correspondente, que já estava chegando ao microfone, a vê. Acaba pensando que é ela quem dirige o programa. Chama-a antes que ela desça. Apresenta-lhe uns cartazes
 
CORRESPONDENTE - Minha Irmã vai continuar a dirigir o programa ou a palavra é minha? Eu estava em oração lá dentro até agora, não sei se...
 
ELVIRA (confusa) - Bem, a palavra está com o irmão. Pode começar.
 
CORRESPONDENTE - Sim, obrigado! Você pode me dar uma ajuda aqui com o cartaz? (Ela assente que sim. Ele continua falando à igreja. Use um cartaz que tenha a janela 10/40) Boa noite irmãos! É com imensa alegria que venho lhes falar de nosso trabalho no campo missionário (aponta o cartaz). Neste grande quadro aqui, temos a janela 10/40. Nesta janela que compreende um retângulo com latitude e longitude medindo 10/40 em relação ao Equador e que está entre os oceanos Atlântico e Pacifico, há 37 países onde não há qualquer presença do Evangelho, ou presença praticamente insignificante. Estes países se mantêm fechados para Missões. (Ele pede que Elvira fique sentada numa das cadeiras do púlpito e continua) Temos recebido claras mostras do amor de Deus por onde passamos. Convidamos os irmãos para vivenciar conosco ricas experiências que tivemos, os episódios de que fomos testemunhas. Procurem ver com os olhos da imaginação o que vamos lhes relatar. (Meio emocionado) Irmãos, as necessidades dos povos são tantas que, muitas vezes, nos é difícil contar. Mas, vejamos: conheçamos o Abdul, um jovem do Senegal. Foi evangelizado pelos missionários Adoniram e Raquel Pires (Coloque nomes dos missionários de sua igreja, caso ela possua)

Entra o Abdul. O correspondente senta-se ao lado de Elvira

ABDUL – Olá meus irmãos! Fiquei muito feliz com a minha conversão e também por sentir que há esperança para a minha nação, onde 90,8% da população é muçulmana. Apenas 5,6% são considerados cristãos. O Senegal é um pais muito bonito, mas está preso nas mãos do inimigo. Inúmeras mesquitas estão espalhadas por todos os lugares. Durante cinco vezes por dia, ouve-se, por todos os lados, a voz dos atalaias, conclamando o povo à oração. (Entram alguns muçulmanos, realizando trabalhos diversos, cada um com um tapete enrolado debaixo do braço) Eles podem estar fazendo o trabalho que for, quando chega a hora da oração, quando o atalaia grita o convite, não importa onde se encontrem, ali eles colocam seu tapete, ajoelham-se com o rosto em terra e clamam a um deus que, realmente não conhecem.
 
VOZ - Alá chama! É hora de orar. Alá chama!
Todos os muçulmanos se ajoelham e clamam por Alá três vezes. Música suave, enquanto é feita a cena. Após uns instantes, eles saem

ABDUL - Ajudem-me a mostrar-lhes o Deus que eles chamam sem conhecer (Sai)
 
CORRESPONDENTE - É triste a ignorância no Senegal! Na Índia, a situação não é diferente. O hinduísmo popular idolatra 200 milhões de vacas sagradas e 33 milhões de deuses. Estrela nasceu na Índia (Ela vai entrando com um cântaro) no final do século passado, numa pequena cidade chamada Rei Descoroado.
 
ESTRELA - Aos dez anos, eu era uma menina cheia de perguntas que ninguém conseguia responder. “Quem será que é o maior de todos os deuses? Haverá um deus vivo?” Os indianos pagãos adoram milhares de deuses falsos! Eu sempre me senti tão só! Brigava e me zangava por qualquer coisa. Xingava e chamava os outros de nomes feios. Sabem qual era a minha ansiedade constante? “Vou descobrir qual é o maior Deus, o Deus que pode curar-me do meu gênio forte. Este deve ser o maior de todos. Eu quero me controlar mas não consigo!” Eu nem sabia, mas uma missionária inglesa chamada Amy Carmichael, que vivia na mesma parte da Índia, estava orando a Deus, pedindo-lhe que lhe concedesse ganhar uma alma na aldeia Rei Descoroado. Vejam: Deus estava me procurando! Eu nem sabia! Certo dia quando fui à fonte buscar água...
 
(Entra um grupo de indianos, uma missionária com um teclado. ESTRELA continua narrando)
- Eu vi um grupo de conterrâneos, ouvindo uma moça cantar. Eu fiquei impressionada com a música.
(Cena de pegar água no poço em mímica)
-Eu já ia embora quando ouvi um indiano gritar:
 
Indiano (pulando) - Missionária, eu entendi o que a senhora falou! Eu sei que existe um Deus Vivo e verdadeiro. Ele me transformou! Agora não sou mais um leão bravo! Sou uma ovelha mansa! Deus me transformou! O Deus Vivo me transformou!
(Ele é abraçado por todos. ESTRELA se aproxima)
 
ESTRELA - Existe um Deus vivo? Quer dizer que os outros estão mortos? Eu também quero esse Deus vivo! Eu também quero! Eu quero ser uma ovelha mansa!
(A missionária a chama. Todos a abraçam. Ajoelham-se. A missionária ora por ela. Levantam-se e saem, enquanto ESTRELA permanece orando. Instantes depois:)
 
CORRESPONDENTE - Que alegria há no coração de quem aceita a Jesus! ESTRELA O aceitou e começou a anunciá-lo desde que O encontrou, nunca mais voltou aos deuses!
 
Entram REPÓRTER e FLOREAL
 
CORRESPONDENTE - Temos em Angola, um país muito maltratado pela guerra. Guerra que durou por mais de duas décadas. Meus irmãos, como há gente mutilada em Angola! São tantos homens e mulheres sem braços ou pernas, ou mãos ou pés! É um horror! Num depoimento profundo de nossa irmã FLOREAL nós veremos como é difícil a vida lá. Ouviremos também uma experiência de conversão. FLOREAL é filha de uma família de nove filhos.
 
REPÓRTER - Conte-nos sua experiência! E sua família, FLOREAL, já se converteu?
 
FLOREAL - Meu irmão, eu não prometi a Jesus ser uma missionária? Pois é, sai falando e já ganhei quase todos os meus pra Jesus. Meu pai tornou-se um missionário autóctone, como eu. Nós vamos juntos pra todo lugar, lá onde os missionários brasileiros não podem ir, pra falar do grande amor de Deus!!!
 
REPÓRTER - Que benção! Como está seu país agora?
 
FLOREAL - A guerra destrói tudo, meu irmão. Às vezes, há um cessar fogo, mas dura pouco tempo. Há muito que fazer. Há muito que reconstruir. Muitos a salvar. Há tantos desabrigados e mutilados! A fome mata. Imagine que a guerra fez de um país rico em recursos naturais como o nosso um povo sem ter o que comer! Missionários brasileiros estão lá, nos ajudando, criando centros de recuperação, de especialização e, acima de tudo, falando de Jesus!
 
REPÓRTER - Você deixaria uma palavra específica para encerrar essa entrevista?
 
FLOREAL - Uma palavra, não. Um apelo: orem por nós! Mandem-nos mais missionários! É urgente fazer missões em minha terra! Jesus ama os brasileiros, mas também morreu pelos angolanos! Um abraço para todos. Boa noite!
 
REPÓRTER - Obrigado, irmã FLOREAL. Boa noite!
 
CORRESPONDENTE - E se não houvesse missionários para trabalhar em Angola? Como seria? Muita gente nasce constantemente na África. Irmãos, MISSÕES É URGENTE! É urgente orar! É urgente contribuir! “LEVANTAI OS VOSSOS OLHOS, E VEDE OS CAMPOS, QUE ESTÃO BRANCOS PARA A CEIFA.” Será muito lindo o dia de Jesus, lá no céu, quando as nações forem louvá-lo. Imaginem os irmãos comigo: o indiano, o chinês, o boliviano, o alemão, o japonês, o venezuelano, nós, os brasileiros, cantando e louvando a Jesus!!!
 
Muda a iluminação. Solo da primeira estrofe de: “De todas as tribos” (hino 80 HCC), em voz suave, lentamente, a pessoa em oculto. Enquanto isso, entram pessoas vestidas com roupas de diferentes nações, ajoelham-se e, no coro, levantam-se e cantam com vibração, gesticulando em coreografia única. Ao término, todos se ajoelham. É orquestrada a segunda estrofe e cantado o coro, outra vez. Quando o grupo de nações começa a cantar, entra um grupo, usando roupas sem cor, sem vida (tom pastel/areia) e o rosto coberto por touca de meia fina. Eles querem entrar no grupo que canta; se aproximam, mas voltam com medo. Fazem uma coreografia de quem está excluído do ambiente, no medo, no horror. Ao fim do coro, eles saem como que sem vida.
 
ELVIRA (Levanta-se, meio assustada) - Senhor Correspondente, quem são aqueles sem o rosto à mostra? Eles não estão com trajes de nenhum país. Não consigo identificá-los!
 
CORRESPONDENTE - Sim, moça, aqueles são os povos da Janela 10/40 que ainda não ouviram da mensagem salvadora de Jesus. São alguns dos representantes destes povos. São tribos inteiras que ainda não conhecem o caminho para o céu!
 
ELVIRA - Mas... há tantos missionários! Por que não falam com eles logo de uma vez? Eles não podem ficar de fora do dia glorioso de Jesus!
 
CORRESPONDENTE - Não, não há tantos assim. Há somente 529 (esse é um dado específico da denominação Batista, portanto mude conforme a sua) filhos de Deus trabalhando nos campos e mais algumas dezenas aguardando envio. Que é esse número para os 97% das tribos que não conhecem o Evangelho?
 
ELVIRA - ?!?!?!
 
CORRESPONDENTE - Há uma escassez enorme de obreiros. Sabe, é que na cidade é tudo muito bom, tudo muito fácil. Ganha-se dinheiro, estuda-se, mora-se bem. Quem quer ir para os campos de Missões, ficar longe da família, passar privações, viver em meio às guerras, aos perigos?
 
SOLO - Segunda estrofe (do mesmo hino “De todas as tribos”. No coro, cantado pelo grupo, as pessoas sem identidade repetem a cena anterior, depois, saem gritando)
 
SEM IDENTIDADE - De onde é que é aquela música? De onde vem? Pra onde estamos caminhando? Pra onde?
 
CORRESPONDENTE - Sabe para onde estão indo?
 
ELVIRA (Chorando) - ???
 
CORRESPONDENTE - Para o mundo de tristeza, de guerra, de pecado, de escuridão. Eles estão caminhando para o inferno. Há urgência em pregar-lhes o Evangelho!
 
ELVIRA (A eles) - Esperem! Esperem! Voltem! Vocês aí! Quero lhes falar de ... (Ao correspondente) Eles se foram! Não me ouviram!
 
SOLO (Terceira estrofe do hino) - E a nós só nos cabe tudo dedicar, oferta suave ao Senhor. Dons e talentos queremos consagrar, e a vida no seu altar pra seu louvor! (A música é cantada bem lenta, chorosa. Ao fim da estrofe, ela se ajoelha e diz em alta voz:)
 
ELVIRA - Eu quero ir, Senhor! Eu quero ir! Mande-me pra onde alguém precisar ouvir de Ti!!!
As nações entoam o coro bem forte. Augusto vem à frente e se ajoelha ao lado dela. Abraçam-se. O auditório é convidado a repetir a terceira estrofe e o coro.
Oração em favor da Obra Missionária.
 

Dicas:
1. Nem sempre temos uma quantidade necessária de pessoas, mas não permita que isso atrapalhe. Sempre trabalhei com teatro na igreja e, se não tínhamos pessoal, nós adaptávamos, tirava alguns personagens... enfim, você pode fazer mesmo com pouca gente.
2. No momento que as nações cantam, faça um círculo para que os de roupas sem cor e sem vida tentem entrar mas não consigam.
3. Quanto à música, se não conhecer o Hinário Cristão, escolha uma relacionada à Missões.
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REFERÊNCIA:

REACHERS, Sammins; PIRES, Vilma Aparecida de Oliveira. Teatro Missionário: Peças teatrais e jograis sobre Missões e Evangelização para Igrejas evangélicas. Versão Gratuita em PDF, 2013.
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VEJA TAMBÉM 



 

sábado, 21 de maio de 2016

PERGUNTAS SOBRE PARENTES DA BÍBLIA.

QUEM É TEU IRMÃO? 

Esaú................................. Jacó
Salomão........................... Absalão
Léia.................................. Raquel (irmãs)
Rúbem.............................. Judá
Hofni................................ Finéias
Marta................................ Maria
José................................... Benjamim
André................................ Pedro
Arão.................................. Moisés
Caim................................. Abel
Elibe................................. Davi
Tiago................................. João

OBS: Como alguns dos personagens têm outros irmãos, a atividade pode ser feita da seguinte maneira: escreva os nomes dos irmãos de forma aleatória em duas colunas e peça para que os nomes sejam associados. Todos as curiosidades bíblicas que adicionamos aqui no blog podem ser utilizadas em forma de gincana, especialmente para grupos de juniores, adolescentes e jovens.


QUEM É TUA MULHER?

Áquila................................... Priscila (At.18.2)
Adão..................................... Eva (Gn 3.20)
Anrão.................................... Joquebede (Ex. 6.20)
Lapidote............................... Débora (Jz 4.4)
Zacarias................................ Isabel (Lc 1.5)
Elcana................................... Ana (I Sm 1.1-2)
Ananias................................. Safira (At. 5.1)
Acabe.................................... Jezabel (I Rs. 16.30-31
Boaz...................................... Rute (Rt. 2.1-2)
Davi....................................... Mical (I Sm 18.27-28)
Moisés................................... Zípora (Ex. 2.21)
Abraão.................................. Sara (Gn 17.15)
Isaque................................... Rebeca (Gn 24.67)
Jacó....................................... Raquel (Gn 29.10)
Sansão................................... Dalila (Jz. 16.4)
Nabal..................................... Abigail (I Sm 25.36-37)
José (N.T.)............................. Maria (Lc 1.27)
José (V.T.).............................. Asenate (Gn 41.45)
Assuero.................................. Ester (Et. 2.16)
Félix....................................... Drusila (At. 24.24)



DE QUEM ERA FILHO?

Abel........................................ Adão e Eva (Gn 4.1-2)
João Batista............................ Zacarias e Isabel (Lc 1.5)
Tiago e João........................... Zebedeu (Mt 4.21)
Samuel................................... Elcana e Ana (I Sm 1.1-2)
Salomão................................. Davi e Bete-seba (I Rs 1.11)
Isaque.................................... Abraão e Sara (Gn 21.2)
Jacó....................................... Isaque e Rebeca (Gn 25.20)
Sem, Cão e Jafé..................... Noé (Gn 10.1)
Sansão.................................... Manoá (Jz 13.2)
Abraão................................... Tera (Gn 11.26)
Timóteo.................................. Eunice (II Tm 1.5)
Hofni...................................... Eli (I Sm 4.4)


QUE MÃE SOU EU? 

1. Amava tanto meu filho que não pude deixar o rei matá-lo. Escondi-o à beira do rio numa arca de junco...
Resp.: Joquebede - Ex.6.20

2. Meu filho estava no campo com seu pai, caiu doente e morreu ao meio-dia. Eliseu o ressuscitou...
Resp.: A sunamita - II Reis 4.25

3. Quando meu filhinho ainda era muito pequeno, o levei para o templo para servir a Deus junto com Eli...
Resp.: Ana - I Sm 1.24

4. Fui chamada mãe de israel...
Resp.: Débora - Jz 5.7

5. Eu e minha família mudamos para Moabe, onde meu marido e filhos morreram. Depois voltei para Belém porque estava só no estrangeiro...
Resp.: Noêmi - Rute 1.2

6. Era meu filho José, que passou de escravo a governador do Egito...
Resp.: Raquel - Gn 35.24; 42.6

7. Sou a primeira mãe da Terra... 
Resp.: Gn 3.20

8. Meu filho era o filho prometido...
Resp.: Sara - Gn 21.1

9. Meu filho Timóteo trabalhava com Paulo e era muito querido por ele...
Resp.: Eunice - II Tm 1.5

10. Sou a mãe do rei mais sábio de todos os tempos...
Resp.: Bate-seba - I Reis 2.13

11. Sou mãe daquele de quem foi dito: " entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém anterior"...
Resp.: Isabel - Lc 1.57



FILHOS, PAIS, AVÓS

Avó de Timóteo e mãe de Eunice.................... Loide 
Avô de Jacó e pai de Isaque............................. Abraão
Avô de Roboão e pai de Salomão..................... Davi
Avô de Jessé e pai de Obede............................. Boaz
Avó de Acazias e mãe de Atalaia...................... Jezabel
Avô de José e pai de Jacó.................................. Isaque
Avô de Noé e pai de Lameque........................... Matusalém
Avô de Enoque e pai de Caim............................ Adão
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REFERÊNCIA:
APPLEBY, Rosalee Mills. O Ensino da palavra: lições coligiadas. 13ª edição. Rio de Janeiro: JUERP, 1995


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